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casa azvdo

_origem

coleção

_origem

designer

dan azvdo

edição

casa azvdo

ano

2025

composição

madeira carbonizada e latão

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casa azvdo

catálogo

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{_ancestral} * _origem + _meios = (en) fim’s

DAN AZVDO CONSTRÓI SUA PRÁTICA A PARTIR DO ENTRELAÇAMENTO ENTRE MATÉRIA E CONSCIÊNCIA HISTÓRICA, ENTRE FORMA E FRICÇÃO, ENTRE A SUPERFÍCIE DO OBJETO E A PROFUNDIDADE DA MEMÓRIA QUE ELE CONVOCA. APÓS DUAS DÉCADAS ATUANDO NO CONTEXTO DO MOBILIÁRIO AUTORAL, SUA ENTRADA NO CAMPO DO OBJETO COMO MANIFESTO SE TORNA EXPLÍCITA COM ANCESTRAL, E AGORA SE RADICALIZA COM ORIGEM. NESTA COLEÇÃO, ELE NÃO PROJETA APENAS PEÇAS; ELE CONVOCA AUSÊNCIAS, CONVOCA FERIDAS, CONVOCA AQUILO QUE FOI SILENCIADO PELA HISTÓRIA OFICIAL E QUE, NO ENTANTO, PERMANECE VIBRANDO COMO SUBTERRÂNEO AFETIVO E POLÍTICO NA FORMAÇÃO DO BRASIL. NO GESTO DE AZVDO, O OBJETO DEIXA DE SER UTILITÁRIO E ASSUME A VOCAÇÃO DE DOCUMENTO — UM DOCUMENTO VIVO, ARDENTE, TENSIONADO ENTRE O QUE SE PERDEU E O QUE INSISTE EM PERMANECER.

HÁ, EM ORIGEM, UMA ESCUTA PROFUNDA DAS VOZES QUE NÃO FORAM ESCRITAS, DAQUILO QUE RESISTE NA ORALIDADE, NO CORPO, NO RITO, NO TRAUMA E NO SONHO. A ESCOLHA DA MADEIRA CARBONIZADA E DO LATÃO NÃO É APENAS UMA ESCOLHA FORMAL; ELA OPERA COMO APARATO SIMBÓLICO. A MADEIRA QUEIMADA SE COMPORTA COMO CICATRIZ, COMO TESTEMUNHO E COMO FANTASMA. O LATÃO, POR SUA VEZ, É BRILHO QUE CONTRASTA COM O ESCURO, EVOCANDO TANTO O OURO SAQUEADO DESTE TERRITÓRIO QUANTO A DIGNIDADE LUMINOSA DOS CORPOS QUE SOBREVIVERAM À TENTATIVA DE APAGAMENTO. INSPIRADO PELA OBRA "O BARCO" (2021), DE GRADA KILOMBA, AZVDO INSCREVE NO MATERIAL O RASTRO DA TRAVESSIA FORÇADA, DO FOGO DA DESTRUIÇÃO E DA TRAVESSIA COMO ETERNIDADE: TRAVESSIA NÃO APENAS GEOGRÁFICA, MAS ESPIRITUAL, FILOSÓFICA, ANCESTRAL.

_BANCO ELEGBÀ | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 180X45X53

O APAGAMENTO, CONTUDO, NÃO É ABSOLUTO. AS CULTURAS TRAZIDAS DA ÁFRICA — IORUBÁS, BANTOS, JEJES, HAUÇÁS, MANDINGAS E TANTAS OUTRAS — GERMINARAM AQUI COMO TEIMOSIA VITAL. DAS REZAS ÀS DANÇAS, DO TOQUE AOS CÂNTICOS, DA FILOSOFIA DOS ORIXÁS À SABEDORIA ANCESTRAL SOBRE A TERRA E O CORPO, ELAS TRANSBORDARAM A OPRESSÃO E TORNARAM-SE FUNDAMENTO DAQUILO QUE CHAMAMOS DE BRASIL. ORIGEM RECONHECE ESSA GENEALOGIA NÃO PELA VIA DA CELEBRAÇÃO SIMPLIFICADA, MAS PELO TENSIONAMENTO ENTRE DOR E PERMANÊNCIA, ENTRE LUTO E HERANÇA, ENTRE DESTRUIÇÃO E RECONSTRUÇÃO. CADA PEÇA PARECE ECOAR O GESTO DE TECER MEMÓRIA COM CARVÃO: UM GESTO QUE, PARADOXALMENTE, ILUMINA.

ANTES DA CHEGADA DOS COLONIZADORES EUROPEUS, ESTE TERRITÓRIO PULSAVA COM MAIS DE MIL POVOS ORIGINÁRIOS, CADA QUAL DETENTOR DE CONHECIMENTOS SOFISTICADOS SOBRE O COSMOS, O TEMPO, A FLORESTA, O CORPO, O ESPÍRITO E A COMUNIDADE. A INVASÃO EUROPEIA IMPÔS DOENÇAS, VIOLÊNCIA, EVANGELIZAÇÃO FORÇADA E DESPOSSESSÃO TERRITORIAL. POVOS FORAM DIZIMADOS, COMO TUPINAMBÁS, AIMORÉS E BOTOCUDOS. AINDA HOJE, GUARANIS, MUNDURUKUS, YANOMAMIS E TANTOS OUTROS RESISTEM, RESISTINDO TAMBÉM POR NÓS. AZVDO, AO TRABALHAR COM A MATÉRIA DA CARBONIZAÇÃO, TANGIBILIZA NÃO APENAS O FOGO DA DESTRUIÇÃO, MAS TAMBÉM O FOGO DO ESPÍRITO, O FOGO DA LUTA QUE NUNCA SE APAGOU. A MADEIRA AQUI É CARNE DA TERRA E, AO MESMO TEMPO, CORPO DE UMA COSMOGONIA FERIDA.

SILÊNCIO MINERAL

_BANCO RAÍZES - ONILÉ | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 45X45X40

O BRASIL RECEBEU O MAIOR NÚMERO DE AFRICANOS ESCRAVIZADOS DO MUNDO, MAIS DE 4,8 MILHÕES DE VIDAS DESLOCADAS, SUBJUGADAS, TORTURADAS, ARRANCADAS DE SUAS COSMOLOGIAS E DE SEUS SOLOS ORIGINÁRIOS. A ESCRAVIDÃO NESTE TERRITÓRIO NÃO FOI APENAS UM REGIME DE EXPLORAÇÃO, MAS UMA ENGENHARIA DE APAGAMENTO. A COLEÇÃO ORIGEM PARTE DESSA CONSCIÊNCIA TRÁGICA PARA OPERAR UMA ESPÉCIE DE CONTRA-HISTÓRIA: AQUILO QUE FOI VIOLENTAMENTE SILENCIADO TORNA-SE MATÉRIA, FORMA, SUPERFÍCIE E RUÍDO. A MADEIRA CARBONIZADA É TAMBÉM UMA TÁBUA DE MARFIM INVERTIDA — SE O OCIDENTE DEDICOU SÉCULOS A LAPIDAR O MÁRMORE IMPERIAL, AQUI UMA OUTRA PEDRA EMERGE: A PEDRA QUEIMADA DO TEMPO, A MADEIRA QUE VIRA MINERAL, O SILÊNCIO MINERAL QUE JOSÉ MUJICA MENCIONA AO AFIRMAR QUE “A MORTE É APENAS O SILÊNCIO MINERAL”. SE A MORTE É SILÊNCIO, AQUI O SILÊNCIO É QUEBRADO E DEVOLVIDO AO MUNDO COMO LINGUAGEM.

A VIOLÊNCIA DO TRÁFICO ATLÂNTICO NÃO DIZ RESPEITO APENAS AO PASSADO; ELA PERSISTE NAS ESTRUTURAS SOCIAIS, NOS GESTOS COTIDIANOS, NAS DESIGUALDADES PROFUNDAS E NAS GEOGRAFIAS DO PODER. EM ORIGEM, ESSA PERMANÊNCIA DA COLONIALIDADE É EXPOSTA SEM DIDATISMO, MAS COM SOFISTICAÇÃO ESTÉTICA QUE NÃO ABDICA DA CONTUNDÊNCIA. A OBRA CONVOCA O OLHAR, MAS SOBRETUDO CONVOCA O CORPO DO ESPECTADOR — O OLHAR É APENAS O PRIMEIRO PASSO; O RESTANTE É ARREBATAMENTO. HÁ, NESTA SÉRIE, UMA DIMENSÃO RITUALÍSTICA, COMO SE CADA PEÇA FOSSE UM ALTAR LAICO, UM TERRITÓRIO PARA A EVOCAÇÃO DO QUE NOS CONSTITUI E DO QUE FOMOS ENSINADOS A ESQUECER.

_MESA ODÉ | MADEIRA CARBONIZADA

MEDIDAS 240X130X75

_CADEIRA BADÉ | MADEIRA CARBONIZADA

MEDIDAS 45X45X75

_MANCEBO OYÁ | MADEIRA CARBONIZADA, ESPELHO E LATÃO

MEDIDAS 180X110X16

ESSA COLEÇÃO É TAMBÉM SOBRE SILÊNCIO E SOBRE O QUE SE FAZ DELE. MUJICA DESCREVE A MORTE COMO SILÊNCIO MINERAL — E, NESSE SENTIDO, ORIGEM OPERA COMO QUEM ESCUTA O SILÊNCIO ATÉ OUVIR O QUE ELE CONTÉM. A CARBONIZAÇÃO TORNA A MADEIRA QUASE MINERAL; NELA REPOUSA O SILÊNCIO DOS QUE FORAM RETIRADOS DA HISTÓRIA. MAS AZVDO NÃO PERMITE QUE ESSE SILÊNCIO PERMANEÇA MUDO: ELE O FAZ VIBRAR, RESSOAR, REENCANTAR-SE COMO GESTO POLÍTICO. O SILÊNCIO, AQUI, NÃO É PASSIVIDADE, MAS LATÊNCIA. É MAIS DO QUE AUSÊNCIA DE VOZ; É POTÊNCIA ANTERIOR À LINGUAGEM.

A METÁFORA DE “PÉROLAS AOS POVOS” ATRAVESSA A COLEÇÃO COMO UM FIO SUTIL, COMO UMA OFERENDA SIMBÓLICA. DIFERENTE DA MÁXIMA DEPRECIATIVA — LANÇAR PÉROLAS AOS PORCOS —, AQUI A LÓGICA SE INVERTE: AS PÉROLAS EXISTEM E SÃO ENTREGUES AOS QUE FORAM HISTORICAMENTE PRIVADOS DO DIREITO AO BRILHO, AO VALOR, À VISIBILIDADE. AS PÉROLAS NÃO SÃO ORNAMENTO, MAS RECONHECIMENTO. SÃO DEVOLUÇÃO. SÃO GESTO ÉTICO. É COMO SE AZVDO DISSESSE: AOS POVOS, DEVOLVEM-SE AS PÉROLAS; ÀS MEMÓRIAS, DEVOLVE-SE O BRILHO; À HISTÓRIA, DEVOLVE-SE O PESO. NADA AQUI É CONCESSÃO; É RESTITUIÇÃO.

_ARMÁRIO IRÔKO | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 190X120X50

_ARMÁRIO IRÔKO (DETALHE) | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 190X120X50

CADA OBJETO DA COLEÇÃO É UM CORPO SIMBÓLICO QUE ABRIGA TEMPO. TEMPO QUEIMADO, TEMPO SUSPENSO, TEMPO REAVIVADO. HÁ UMA LITURGIA SILENCIOSA NESSAS FORMAS, COMO SE CADA ARESTA, CADA SUPERFÍCIE, CADA CURVA FOSSE UM FRAGMENTO DE ORAÇÃO — NÃO A ORAÇÃO QUE BUSCA REDENÇÃO, MAS A QUE BUSCA VERDADE. UMA ORAÇÃO FEITA NÃO AO CÉU, MAS AO CHÃO, AOS ANCESTRAIS, ÀS RAÍZES, ÀS CAMADAS SUBTERRÂNEAS ONDE A HISTÓRIA INSISTE EM RESPIRAR.

A EXPOSIÇÃO NÃO OFERECE CONFORTO. ELA OFERECE CONSCIÊNCIA. ELA EXIGE PAUSA, EXIGE FRICÇÃO, EXIGE ENTREGA. O ESPECTADOR, AO ADENTRAR ESSE UNIVERSO, NÃO ENCONTRA CONTEMPLAÇÃO FÁCIL; ENCONTRA ATRAVESSAMENTO. AS FORMAS PARECEM SUSSURRAR QUE OLHAR NÃO BASTA: É PRECISO SENTIR, É PRECISO LEMBRAR, É PRECISO ASSUMIR RESPONSABILIDADE. A OBRA CONVOCA — E QUEM É CONVOCADO JÁ NÃO RETORNA O MESMO.

SE A HISTÓRIA OFICIAL TENTOU TRANSFORMAR POVOS EM NÚMERO, DOR EM ESTATÍSTICA, CULTURA EM NOTA DE RODAPÉ, ORIGEM FAZ O INVERSO: TRANSFORMA NÚMERO EM NOME, TRAUMA EM MATÉRIA, SILÊNCIO EM VOZ. ESTE NÃO É UM EXERCÍCIO DE MEMÓRIA ENQUANTO SAUDADE; É MEMÓRIA ENQUANTO INSURGÊNCIA. É MEMÓRIA ENQUANTO MÉTODO. É MEMÓRIA ENQUANTO ARMA SENSÍVEL. AZVDO ELABORA, NA SUPERFÍCIE DA MADEIRA, UM MANIFESTO: RECORDAR É RESISTIR; LEMBRAR É DEVOLVER VIDA; NOMEAR É REEXISTIR.

_ANÉIS ABOTÔ - MEJÈ | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 3X3X3

_BANDEJA OSSAIN | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 10X60X30

AS PEÇAS DA COLEÇÃO TRANSBORDAM ESSE GESTO RESTITUTIVO. SÃO MONÓLITOS ÍNTIMOS, PEQUENAS ARQUITETURAS DA LEMBRANÇA, ESCULTURAS HABITÁVEIS DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA. A MADEIRA CARBONIZADA GUARDA, EM SUA SUPERFÍCIE, A INSCRIÇÃO DO FOGO — FOGO QUE DESTRÓI, MAS TAMBÉM PURIFICA E CONSAGRA. O LATÃO É SUA CONTRAMEMÓRIA — NÃO LUXO, MAS DIGNIDADE; NÃO OSTENTAÇÃO, MAS SÍMBOLO DO INQUEBRANTÁVEL. NO ENCONTRO ENTRE NEGRO PROFUNDO E BRILHO QUENTE, NASCE UM LÉXICO DE RESISTÊNCIA QUE NÃO SE CURVA AO ESQUECIMENTO.

NÃO HÁ NOSTALGIA EM ORIGEM. HÁ REVERÊNCIA. HÁ ESCUTA. HÁ INSURGÊNCIA. O PASSADO NÃO APARECE COMO ALGO DISTANTE, MAS COMO PRESENÇA PERMANENTE, COMO PULSO INVISÍVEL QUE DETERMINA QUEM SOMOS E O QUE AINDA PRECISAMOS ENFRENTAR. O QUE SE EXPÕE NÃO É UM PASSADO MORTO, MAS UM PASSADO QUE NUNCA DESCANSOU — PORQUE NÃO PÔDE, PORQUE LHE FOI NEGADO O DIREITO AO LUTO PLENO, PORQUE SUA CICATRIZ AINDA PULSA NAS ESTRUTURAS SOCIAIS.

_MESA INAÊ | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 90X90X20

_CADEIRA OBÁ | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 48X55X76

HÁ TAMBÉM UMA DIMENSÃO LITÚRGICA NO GESTO CRIATIVO DE AZVDO. O PROCESSO DE CARBONIZAÇÃO, A LAPIDAÇÃO DO METAL, A COMPOSIÇÃO FORMAL DAS PEÇAS: TUDO SE APROXIMA DE UM RITUAL DE REPARAÇÃO. É COMO SE CADA ETAPA RITUALIZASSE UMA RESTITUIÇÃO, COMO SE CADA GOLPE, CADA POLIMENTO, CADA QUEIMA FOSSE UM ATO DE RECONCILIAÇÃO COM O QUE FOI NEGADO AO PAÍS COMO NARRATIVA. A OBRA SE TORNA PONTE — ENTRE MUNDOS, ENTRE TEMPORALIDADES, ENTRE FERIDAS E CURAS POSSÍVEIS.

_BANCO BANZO - NANAN BURUKU | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 16X40X16

_BANCO BANZO - OBATALÁ | MADEIRA CARBONIZADA E LATÃO

MEDIDAS 16X40X16

AO FINAL, O QUE ORIGEM PROPÕE NÃO É APENAS UMA REVISÃO DO PASSADO, MAS UMA CONVOCAÇÃO ÉTICA PARA O FUTURO. A ANCESTRALIDADE AQUI NÃO É UM RETORNO ROMÂNTICO, MAS UM HORIZONTE POLÍTICO. O PASSADO NÃO É PESO; É FERRAMENTA. A LEMBRANÇA NÃO É MELANCOLIA; É LEVANTE. E O OBJETO NÃO É FIM; É PORTAL. A COLEÇÃO NOS LEMBRA QUE TUDO QUE FOI QUEIMADO PODE SER REFEITO, QUE TUDO QUE FOI SILENCIADO PODE RESSOAR, QUE TUDO QUE FOI MINERALIZADO PODE, UM DIA, VOLTAR A PULSAR. PORQUE, COMO AZVDO PARECE AFIRMAR EM CADA SUPERFÍCIE, A ANCESTRALIDADE NÃO MORRE — ELA APENAS AGUARDA, COMO PEDRA SILENCIOSA, O INSTANTE EM QUE SERÁ NOVAMENTE CHAMADA À LUZ.